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terça-feira, 21 de junho de 2011

Novas vs. “velhas” tecnologias em comunicação corporativa

Por Jurema Luzia Cannataro

Que impactos as novas tecnologias de comunicação estão provocando (se é que estão mesmo provocando) em relação à comunicação corporativa?
Quais meios de informação os gestores de RH estão preferindo utilizar no processo de comunicação com o público interno da empresa?
Antes de tomar uma decisão em favor das mídias tradicionais (jornais, revistas e manuais impressos) ou digitais (jornais e informativos via intranet, displays eletrônicos e blogs corporativos) é preciso que os profissionais da área de gestão de pessoas analisem com cuidado uma série de aspectos.

Velocidade

A rapidez com que a informação chega ao público-alvo é atualmente um fator extremamente relevante.
Com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação, as pessoas estão acostumadas a ter acesso em “tempo real” às notícias e aos dados de que necessitam. E mais: com texto, imagens e som.
E o que acontece com grande parte dos jornais e revistas de empresas? Os empregados recebem no mês de ABRIL a publicação com matéria sobre... “a alegria da festa de confraternização realizada em DEZEMBRO”. Quem não conhece bem o universo da comunicação na área empresarial pode até duvidar, mas de fato é isso que ocorre em vários casos. E por quê?
Por causa de algo que em nossa assessoria apelidamos de jornal “moto-contínuo”: aquele que nunca termina. A publicação já está pronta e poderia ir para a gráfica. Entretanto, alguém da empresa quer incluir mais um texto... Mas só poderá enviá-lo na semana que vem... E não aceita que ele fique para a próxima edição... E assim o tempo passa. O pior é que a pessoa age assim porque quer que o seu texto saia “o mais rapidamente possível”.
Frequentemente ocorre de uma edição sobrepor-se à outra. Por exemplo: se o jornal é bimestral, ele acaba saindo quatro meses depois. Ou seja, a primeira edição já poderia ter sido distribuída, com os textos atualizados e a próxima traria as matérias novas... no mesmo espaço de tempo.
Existe também um “aspecto psicológico” curioso que contribui para que os atrasos aconteçam: as pessoas ainda atribuem um peso maior à informação registrada em papel. Por isso, tendem a “segurar” muito mais a finalização e aprovação de um material impresso do que de um texto que será veiculado na intranet, que por si só já tem as características de rapidez e de conter informações mais “voláteis”.
Há um outro fator a favor das publicações divulgadas por meios eletrônicos ou digitais: a maior mobilidade na diagramação. Fazer modificações (como trocar um texto ou incluir novas fotos) nesse tipo de material é relativamente mais fácil e rápido do que num jornal impresso.
Sendo assim, no que se refere ao fator da velocidade, as novas mídias de comunicação utilizadas na área empresarial (jornal via intranet, displays eletrônicos e blogs corporativos) ganham ponto.

Atratividade

Os veículos internos de comunicação não “competem” apenas entre si pela atenção dos empregados. Eles também disputam espaço com toda a enorme gama de estímulos visuais e auditivos a que estamos expostos diariamente.
Ler o jornal ou revista da empresa ou ouvir rádio, assistir televisão, acessar a internet, etc.?
Portanto, o primeiro ponto a considerar é que, seja qual for o tipo de veículo interno que a organização escolha utilizar, ele precisa ser tratado com profissionalismo e conhecimento técnico, para que possa ser atrativo e cativante para o público-alvo.
As pessoas estão habituadas a ter contato contínuo com os grandes meios de comunicação em geral. Por isso, tornaram-se mais exigentes quanto à qualidade do conteúdo e do visual. Não há mais espaço para aquele “jornalzinho caseiro”, feito em Word. Como esperar que ele desperte o interesse e a credibilidade dos colaboradores?
Outro fator importante a salientar é que o público-alvo não é homogêneo dentro das empresas. Existem pessoas que fixam mais as informações através da leitura e que preferem textos mais aprofundados. Para essas, as publicações impressas serão mais eficazes. Já outras optam pelo dinamismo, sendo mais estimuladas pelo uso de recursos multimídia (textos, imagens em movimento e som). Em casos assim, as mídias eletrônicas e digitais produzirão maior efeito.
Portanto, de um modo geral pode-se dizer que, com relação à atratividade, os meios de comunicação tradicionais e modernos são complementares no ambiente empresarial.

Custo

Em função do preço a ser pago pelos serviços gráficos, o custo de um jornal impresso, por exemplo, certamente é maior do que o de um jornal multimídia, divulgado via intranet ou display eletrônico.
Entretanto, se uma parte dos empregados não tiver acesso direto à intranet, a empresa precisará fazer um investimento inicial para a instalação de quiosques com computadores, permitindo assim que o jornal digital seja visto por todos.
A mesma observação é válida se o meio escolhido for o display eletrônico.
Mas fica aqui um alerta: é necessário fazer um estudo criterioso de como e onde implantar os quiosques e displays, para que tragam os resultados desejados em termos de melhoria da comunicação interna.   

Portabilidade

E quanto à facilidade de acesso e transporte ou “portabilidade”, para usar um termo mais adaptado aos dias atuais?
Apesar desse termo ser geralmente aplicado para veículos de comunicação eletrônicos e digitais, no caso do ambiente empresarial são os materiais impressos que, contraditoriamente, ganham mais pontos nessa área, pois podem ser facilmente levados para todo lugar e lidos a qualquer momento: no ônibus, no refeitório da empresa, durante o intervalo de trabalho e em casa, com a vantagem adicional de serem vistos também pelos familiares dos empregados. Dessa forma, convertem-se num instrumento a mais de motivação e integração, criando uma ponte entre o ambiente organizacional e familiar.
O mesmo não acontece com a intranet e o display eletrônico, que não podem ser visualizados fora da empresa e só estão acessíveis para o pessoal interno.

Complementaridade

O que se pode concluir é que, em termos de comunicação empresarial, estamos vivenciando uma fase de transição e complementaridade.
Portanto, o ideal é mesclar o uso das diversas mídias de acordo com os objetivos a serem atingidos, as características diferenciadas do público interno e os recursos disponíveis para investir nessa área.
Nesse sentido, é fundamental que se tenha um plano de comunicação corporativa muito bem estruturado e aplicado com alto grau de profissionalismo.

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